A Biblioteca Municipal Ferreira de Castro, em Oliveira de Azeméis, pretende constituir-se como um equipamento à escala do seu tempo. Toda a sua organização está pensada numa lógica contemporânea de biblioteca pública, pretendendo responder às necessidades de uma comunidade exigente e às especificidades de uma sociedade em permanente mudança.

Nesta lógica, a oferta de informação ultrapassa o documento impresso, apoiando-se em todos os suportes de informação existentes e na Internet.

Distribuída por espaços e ambientes distintos, que convidam à descoberta, a coleção e os recursos de informação da Biblioteca Municipal Ferreira de Castro foram constituídos com a intenção de proporcionar, ao seu público, uma viagem pela informação e pelo conhecimento que satisfaça e incentive as suas necessidades ao nível da educação, formal ou informal, conhecimento e lazer.

Pretende-se, então, criar uma biblioteca do e para o séc. XXI, ativa na sua comunidade e pró-ativa no desenvolvimento de uma sociedade consciente, interessada e informada.

 

Patrono da Biblioteca Municipal Ferreira de Castro

José Maria Ferreira de Castro nasceu em Oliveira de Azeméis em 1898 e faleceu no ano de 1974, com 76 anos de idade. Passou a juventude no Brasil, para onde foi como emigrante depois de completar os estudos primários. Um verdadeiro autodidata, Ferreira de Castro granjeou notoriedade internacional, tendo sido um dos autores portugueses mais traduzidos desde sempre. Quando regressou a Portugal, dedicou-se ao jornalismo, tendo sido redator de O Século e diretor de O Diabo. Obras de ficção: Emigrantes, (1928), A Selva, (1930), Eternidade (1933), Terra Fria (1934), A Lã e a Neve (1947), A Curva da Estrada (1950), A Missão (1954), O Instinto Supremo (1968). Teatro: Sim, uma Dúvida Basta (1994). Ensaio: A Volta ao Mundo (1944), As Maravilhas Artísticas do Mundo, 2 vols. (1959 e 1963).

Emigrante, homem do jornalismo, mas sobretudo ficcionista, é hoje em dia, ainda, um dos autores com maior obra traduzida em todo o mundo, podendo-se incluir a sua obra na categoria de literatura universal moderna, percursora do neorrealismo, de escrita caracteristicamente identificada com a intervenção social e ideológica. Todavia, para além da notoriedade literária, a personalidade humanista de Ferreira de Castro, que tão bem alimentou a sua obra, constituiu uma referência cívica e moral na luta contra o regime ditatorial e em prol dos direitos humanos.

O nome atribuído a esta Biblioteca Municipal é o justo reconhecimento dos seus méritos enquanto escritor universalista que foi e a merecida homenagem e o tributo da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis à sua notável estatura humana.

 

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